Na noite deste domingo (22), um motorista foi detido pela Guarda Civil Municipal (GCM), após colidir seu veículo contra o muro de uma residência na Rua Santa Cruz, em Bragança Paulista
De acordo com o relato da GCM, por volta das 19h30, a corporação foi acionada via rádio para atender à ocorrência. No local, foi informado que havia uma criança chorando dentro do veículo e que o motorista havia se evadido logo após o acidente. Posteriormente, o condutor retornou à cena e explicou que se ausentou momentaneamente para levar seu filho, de 9 anos e portador do espectro autista, à mãe, pois ele estava muito nervoso.
Em depoimento, o motorista admitiu ter ingerido cerca de cinco latas de cerveja entre 13h e 14h daquele dia, mas se recusou a realizar o teste do etilômetro. Negou, no entanto, participação em um racha, alegando ter sido fechado por outro veículo, supostamente um Astra prata.
Relato das testemunhas
Segundo uma testemunha, nora da proprietária da residência atingida, dois veículos em alta velocidade, incluindo o VW UP, trafegavam pela Rua Monteiro Lobato antes de o acidente acontecer. O UP, que estava à esquerda, colidiu violentamente contra o muro, enquanto o outro veículo fugiu do local.
A testemunha relatou que a criança, que estava no banco dianteiro sem cinto de segurança, desembarcou chorando e mancando. Quando tentou ajudar, o motorista teria reagido de forma hostil, chegando a direcionar o veículo contra ela em aparente tentativa de intimidação.
Uma segunda testemunha informou que viu os dois veículos envolvidos já discutindo no estacionamento do supermercado Spani, próximo ao local, onde teriam iniciado uma briga com freadas bruscas antes de saírem em alta velocidade.
Atuação da Guarda Civil
A GCM confeccionou um Auto de Recusa de Etilômetro e aplicou uma multa por promover competição na via (racha). Apesar disso, o veículo estava com a documentação em dia e foi entregue a um amigo do condutor.
Os airbags do VW UP foram acionados devido à força do impacto, conforme fotos anexadas à ocorrência.
O motorista foi conduzido à delegacia sem algemas e sem apresentar lesões aparentes. Ele autorizou a coleta de sangue para exame de alcoolemia e foi informado sobre seus direitos constitucionais durante o interrogatório.