Bragantina recebe prêmio internacional por pesquisa científica

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Foto: Arquivo pessoal
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A professora Ana Flávia Nogueira, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), recebeu na noite do dia 15 de outubro, o Prêmio Mulheres Brasileiras em Química e Ciências Relacionadas na categoria “liderança na academia”, destinado a uma mulher com percurso consolidado no meio acadêmico que tenha alcançado uma contribuição importante, com impacto global e social, em Química ou outra ciência relacionada.

O prêmio, que está na sua terceira edição, foi oferecido pela American Chemical Society (ACS), uma das organizações científicas mais importante do mundo, em parceria com a Sociedade Brasileira de Química (SBQ), com o objetivo de promover a igualdade de gênero em ciência, tecnologia, engenharia e matemática no Brasil e de avançar na compreensão do impacto da diversidade na pesquisa científica e no campo da Química.

A pesquisadora conquistou este prêmio por seu trabalho em pesquisa e desenvolvimento de materiais e processos mais baratos e eficientes para conversão de energia solar em elétrica. Particularmente, Ana Flávia é reconhecida por seu trabalho pioneiro na América Latina no desenvolvimento de células solares emergentes como as de perovskita e as sensibilizadas por corante.

Nos últimos 26 anos, a pesquisadora tem trabalhado no desenvolvimento de alternativas capazes de baratear o processo de conversão de energia solar em eletricidade.

“É uma pesquisa extremamente importante atualmente, até pelas questões ambientais pelas quais estamos passando. É imediato que novas tecnologias, novas energias alternativas apareçam em detrimento à queima dos combustíveis fósseis”, explica a professora.

Ana Flávia relatou teve sua formação feita até o ensino médio em Bragança Paulista, no Instituto Educacional Coração de Jesus (IECJ). “Toda minha família é de Bragança e eu tenho muitos amigos na cidade também. Sou uma verdadeira cidadã bragantina”, disse.

O Prêmio Mulheres Brasileiras em Química e Ciências Relacionadas também homenageou outras duas brasileiras, uma professora associada em Química na Universidade Federal de Santa Maria (RS), Paola de Azevedo Mello, na categoria Líder Emergente; e uma engenheira química especializada na área de petróleo e consultora sênior da Petrobras, Sonia Maria Cabral de Menezes, em Liderança na Indústria.