Polícia Ambiental aplica mais de R$ 31 mil em multas para coibir pesca irregular antes da Piracema

Ação teve foco educativo e repressivo em cidades da Região Bragantina e de Campinas, com 173 fiscalizações e sete autuações

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A Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo aplicou R$ 31.126,00 em multas durante a Operação Pré-Piracema 2025/2026, deflagrada entre os dias 22 e 31 de outubro. A ação foi realizada em municípios das regiões de Campinas e Bragantina, com o objetivo de coibir a pesca predatória e assegurar o cumprimento das normas ambientais no período que antecede a Piracema — fase de reprodução das espécies nativas.

Segundo balanço oficial, foram lavrados sete autos de infração e realizadas 173 fiscalizações, envolvendo 40 embarcações e dois estabelecimentos comerciais. Também foram promovidos 13 bloqueios rodoviários e 26 ações de educação ambiental, voltadas a pescadores, comerciantes e comunidades ribeirinhas.

As medidas seguem os parâmetros da Lei Federal nº 9.605/1998, que trata dos crimes ambientais, e do Guia de Procedimentos Operacionais da Polícia Militar Ambiental, revisado em fevereiro deste ano.

Atuação em Nazaré Paulista

Na Região Bragantina, o foco das equipes foi o município de Nazaré Paulista, que abriga uma das principais represas de abastecimento do Estado, utilizada por cidades como Atibaia, Bom Jesus dos Perdões e Piracaia.

De acordo com a Polícia Ambiental, não foram constatadas irregularidades entre os pescadores locais.

O Capitão Ventrone, da 1ª Companhia do 5º Batalhão, destacou que a atuação teve caráter essencialmente preventivo:

“Foi uma operação de controle de estoque pesqueiro e de educação ambiental, principalmente”, afirmou.

Segundo ele, o policiamento náutico será diário durante o período de restrições, com fiscalização rigorosa sobre as espécies protegidas.

Educação como estratégia preventiva

O relatório técnico da operação aponta um aumento nas ações educativas nos dias que antecederam a Piracema, refletindo diretamente na ampliação do alcance preventivo.

As iniciativas de conscientização ambiental foram consideradas estratégicas para reforçar as diretrizes legais, inibindo práticas como a comercialização de pescado sem origem comprovada e o uso indevido de apetrechos de pesca.

A corporação avalia que o conjunto de medidas fortalece a preservação dos ecossistemas aquáticos, especialmente durante o período reprodutivo das espécies nativas, quando a pesca é restrita por normas específicas.