A 21ª edição do Festival Arte Serrinha começa neste sábado (08) e se estende até 30 de julho, em Bragança Paulista. Com o tema “Oriente”, o festival irá reunir artistas japoneses e convidados brasileiros de origem nipônica ou que abordam a temática oriental nas suas obras para representar a relação entre as respectivas culturas.
Na programação de shows, o festival traz o Oki Dub Ainu Band, grupo formado por músicos do povo Ainu do norte do Japão, Fernanda Takai, destaque da festa de abertura desta edição, a companhia de dança Saito Satoru Ryubu Dojo, Xênia França, Expresso do Oriente (resultado da residência musical com Oki Dub Ainu Band, Marcos Suzano, Franci Óliver e Raquel Coutinho) e Johnny Hooker.
O Festival também oferece uma série de oficinas criativas e artísticas, que contam com profissionais que são referência em seus segmentos de atuação, como Gal Oppido e Catarina Gushiken (fotografia e performance), Alice Ruiz (Haikai), Sônia Ushiyama (Universo em desfile- figurino performático), Kimi Nii (cerâmica), Telma Shiraishi (gastronomia), Toshi Tanaka (performance e Fugaku), Fabio Delduque e convidados (Residência Artística) e Tizuka Yamazaki (vivência de realização cinematográfica e audiovisual).
Também acontecem as “Conversas na Fazenda Serrinha”, como a Expresso do Oriente onde o produtor musical Beco Dranoff entrevista os participantes da residência musical, e a Feiras e Festivais Transformadores, com André Fischer (MIX Brasil), Adriana Barbosa (Feira Preta) e convidados online, e duas residências: uma musical, com Oki Dub Ainu Band, Marcos Suzano, Franci Óliver, Raquel Coutinho, e uma artística com o artista visual Mauro Neri.
Outros destaques desta edição são o Festival Infantil na Fazenda Serrinha, com programação especial para crianças, e as novas instalações que passam a fazer parte do complexo Serrinha, considerado um dos principais museus a céu aberto do Brasil: Origami Gigante (Edson Hiroshi), Ex-Culturas (Bené Fonteles) e Espelho D’Água 2 (Jean Paul Ganem). A exposição Frei Pedro Pinheiro – O Universo Plasticoceânico, que acontece no Centro Cultural Prefeito Jesus Adib Abi Chedid, em Bragança Paulista, também faz parte da programação oficial.
Shows e Apresentações
8 de julho
Show Oki Dub Ainu Band
- Auditório do Parque Natural Arte Serrinha
- 12h – Abertura do Parque e praça de alimentação
- Atividades para crianças – a partir das 13h
- Show: 16h
- Ingressos: lote 1: R$ 50,00/25,00 – lote 2: R$ 70,00/35,00 – lote 3: R$ 90,00/45,00
9 de julho
Show Fernanda Takai e Dança Saito Satoru Ryubu Dojo
- Auditório do Parque Natural Arte Serrinha
- 12h – Abertura do Parque e praça de alimentação
- Atividades para crianças – a partir das 13h
- Dança: 15h
- Show: 16h
- Ingressos: lote 1: R$ 80,00/40,00 – lote 2: R$ 100,00/50,00 – lote 3: R$ 120,00/60,00
15 de julho
Show Xênia França
- Auditório do Parque Natural Arte Serrinha
- 12h – Abertura do Parque e praça de alimentação
- Atividades para crianças – a partir das 13h
- Show: 16h
- Ingressos: lote 1: R$ 60,00/30,00 – lote 2: R$ 80,00/40,00 – lote 3: R$ 100,00/50,00
16 de julho
Show Expresso do Oriente (resultado da residência musical)
- Auditório do Parque Natural Arte Serrinha
- 12h – Abertura do Parque e praça de alimentação
- Atividades para crianças – a partir das 13h
- Show: 16h
- Ingressos: R$ 20,00/10,00
22 de julho
Galpão Busca Vida
- Show: Johnny Hooker – 23h
- Oficinas na Fazenda Serrinha
10 a 15 de julho
Gal Oppido e Catarina Gushiken – Oficina de fotografia e performance
- Vagas: 15
- Horário: das 14h30 às 18h
- Idade mínima: 16 anos
- Valor: R$ 450,00
13 a 15 de julho
Alice Ruiz – Oficina de Haikai
- Vagas: 30
- Horário: das 14h30 às 18h
- Idade mínima: 14 anos
- Valor: R$ 300,00
14 a 15 de julho
Sônia Ushiyama – Universo em desfile, figurino performático
- Vagas: 20
- Horário: das 10h às 18h
- Idade mínima: 15 anos
- Valor: R$ 200,00
17 a 22 de julho
Kimi Nii – Oficina de cerâmica
- Vagas: 15
- Horário: das 14h às 18h
- Idade mínima: 15 anos
- Valor: R$ 450,00
21 a 22 de julho
Telma Shiraishi – Oficina de gastronomia
- Vagas: 15
- Horário: em confirmação
- Idade mínima: em confirmação
- Valor: 400,00
- 20 a 22 de julho
- Toshi Tanaka – Oficina de performance e Fugaku
- Vagas: 15
- Horário: das 10h às 18h
- Idade mínima: 18 anos
- Valor: R$ 450,00
24 a 29 de julho
Residência Artística
- Coordenação Fabio Delduque e convidados
- Vagas: 30
- Horário: os ateliês ficam abertos para os participantes 24h
- Idade mínima: 18 anos
- Valor: R$ 400,00
- Residências na Fazenda Serrinha
10 a 16 de julho
Residência musical – curador Marcos Suzano. Com Oki Dub Ainu Band, Marcos Suzano, Franci Óliver, Raquel Coutinho
- (Não há inscrições abertas para esta residência. O público em geral pode assistir o processo criativo)
17 a 19 de julho
Residência do artista visual Mauro Neri
- Conversas na Fazenda Serrinha
12 de julho
Expresso do Oriente
- O produtor musical Beco Dranoff entrevista os participantes da residência musical
- Ateliê da Fazenda Serrinha – 19h
19 de julho
Feiras e Festivais Transformadores
- André Fischer (MIX Brasil), Adriana Barbosa (Feira Preta) e convidados online
- Ateliê da Fazenda Serrinha – 19h
- Festival Infantil na Fazenda Serrinha
- 10 a 28 de julho – 2a. a 6a. feira
- Vagas: 20
- Horário: das 14h às 17h
- Idade: entre 6 e 10 anos
- Valor: R$ 50,00 por dia ou R$ 200,00 a semana
- Novas instalações na Fazenda Serrinha
- Origami Gigante – Edson Hiroshi
- Ex-Culturas – Bené Fonteles
- Espelho D’Água 2 – Jean Paul Ganem
Exposição
- Frei Pedro Pinheiro – O Universo Plasticoceânico
- Curadoria Fabio Delduque
- Centro Cultural Prefeito Jesus Adib Abi Chedid, Bragança Paulista
- Abertura: 1 de julho
- Em cartaz até 30 de agosto
- Endereço: Rua Conselheiro Rodrigues Alves, 251 – Centro Atendimento ao público: Segunda a sexta – das 8h às 17h
- Visitação gratuita
Sobre a Fazenda Serrinha
A Fazenda Serrinha é um espaço que resgata os processos da natureza através da permacultura e de práticas regenerativas e promove experiências criativas por meio de festivais, encontros e imersões. São 120 hectares de área verde, cuja paisagem é marcada pela represa do Jaguari-Jacareí e pela serra da Mantiqueira, pontuada por obras de arte e instalações. Serrinha é um bairro rural de Bragança Paulista, a 90 km de São Paulo, e a fazenda conta com estrutura de hospedagem, salas para vivências e ateliês.
A Fazenda Serrinha nasceu do encontro de duas famílias com propriedades centenárias que, depois de viverem o ciclo do café e testemunharem o declínio de suas atividades agropecuárias nos anos 1960, reinventaram-se a partir de um projeto comum que reúne cultura, educação, turismo e desenvolvimento sustentável. “Nosso trabalho de regeneração da terra se iniciou em meados da década de 1990, com o entendimento do processo histórico pelo qual passava nossa região – de rápida e desorganizada urbanização – e o despertar para a importância ecológica e paisagística de nossas terras”, diz Fabio Delduque. “Agimos protegendo esses mananciais e ampliando os fragmentos de Mata Atlântica existentes na fazenda, procurando enriquecê-los e conectá-los, com ações de restauração florestal, implantação de agroflorestas e enriquecimento da biodiversidade.”
Em 2001, o Ibama – atual ICMBio – reconheceu a fazenda como Reserva Particular do Patrimônio Natural. A fazenda está cadastrada no Programa Nascentes, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de SP, com 30 hectares de áreas em restauração florestal, por meio de compensações ambientais. Integra o projeto Semeando Água, do Instituto Ipê (patrocínio Petrobras Ambiental), que está implantando nessas terras unidades demonstrativas de restauração florestal, silvicultura e pastoreio voisin. A fazenda recebe regularmente equipes de biólogos e estudantes da Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista (Fesb), que realizam pesquisas de levantamento e monitoramento da fauna e da flora.
Em 2002, a fazenda, juntamente com parceiros vizinhos, criou o Festival Arte Serrinha, evento cultural que passou a acontecer anualmente durante os meses de julho. “Estamos numa importante região de mananciais onde todos os anos produzimos arte e plantamos milhares de árvores para recuperar as florestas e aumentar a biodiversidade da Mata Atlântica na Serra da Mantiqueira Paulista”, conclui Fabio. “Procuramos ajudar, atuando a partir da compreensão da sabedoria da floresta e das potencialidades do entorno. Assim a paisagem vai ganhando uma nova vitalidade.”
Os resultados são claros, como mostram as saracuras, os jacus, os bugios, os lobo-guarás e outros tantos animais que passaram a habitar as antigas pastagens de braquiária convertidas em florestas.