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A arborização urbana está entre as ações ambientais priorizadas pela Prefeitura de Bragança Paulista, e com intuito de se elaborar o diagnóstico ambiental das árvores na área urbana do município, foram iniciadas atividades de campo no último dia 15 de fevereiro.
A FUNDAG (Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola), instituição vinculada à USP de Piracicaba, juntamente com a Prefeitura de Bragança Paulista, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (que está realizando a supervisão e acompanhamento), está conduzindo o trabalho de elaboração do inventário florestal/arbóreo do município.
Entre as ações a serem realizadas está identificar e caracterizar a estrutura da arborização urbana em vias públicas e canteiros centrais, associadas ao sistema viário da cidade. A FUNDAG deverá ainda inventariar as árvores; verificar o estado geral das árvores; promover a avaliação do risco de queda das árvores cadastradas; promover a avaliação dos espaços vazios para plantio; integrar as informações processadas com dados cadastrais em Sistema de Informações Geográficas (SIG); sistematizar as informações obtidas; disponibilizar dados técnicos para elaboração e execução de planejamento para a manutenção da vegetação arbórea, definindo critérios de intervenção e oportunidades de manejo; e subsidiar técnicos da Secretaria do Meio Ambiente, por meio de treinamento do uso em SIG, para que os mesmos deem continuidade da atualização do inventário.
“Estamos trabalhando com dois intuitos: aprimorar a pesquisa na área de arborização urbana, reconhecendo espécies e como são usadas na cidade e buscar alternativas para aumentar a cobertura arbórea. O trabalho, além de gerar conhecimento por meio de pesquisa em campo, vai ainda produzir diagnóstico e planejamento para a arborização de Bragança Paulista”, explica Demóstenes Ferreira da Silva Filho, Professor Associado do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP, que coordena o trabalho no município. O Professor Demóstenes é um dos cientistas brasileiros a figurar no ranking Latin America Top 100 Agriculture & Forestry Scientists 2022. A lista é baseada no AD Scientific Index.
O trabalho realizado desde 15/02 tem sido de coleta, por meio de amostragem bairro a bairro, e foram escolhidas duas regiões estratégicas para realização do censo das árvores situadas no passeio público. Este trabalho minucioso acontece inicialmente na Vila Aparecida e seus arredores e posteriormente será feito no Planejada I e Planejada II. As duas regiões foram selecionas por apresentar altos índices de demandas e baixa cobertura arbórea nos passeios públicos.
Com a conclusão dos trabalhos, a Secretaria do Meio Ambiente poderá nortear suas ações de plantio e otimizar os trabalhos de manejo como poda, supressão e substituição de exemplares arbóreos situadas nos passeios públicos da cidade.
Bragança Paulista vem avançando nas questões relacionadas à arborização, colocando em prática diversas ações em benefício do meio ambiente. Desde 2017, foram plantadas um total de 21.339 árvores no município, tanto por plantios próprios da Prefeitura, como por meio de parcerias.
São diversos os projetos desenvolvidos. Um deles é a parceria das Secretarias Municipais do Meio Ambiente e Educação, por intermédio do Centro de Educação Ambiental Sala Verde Pindorama, para entrega de mudas em tubetes às escolas municipais.
Outro projeto é a implantação do “Espaço Árvore”, que tem duas vertentes: uma delas, por meio de legislação específica, instituindo a criação de tais espaços em novas infraestruturas viárias de novos loteamentos/obras. A segunda atuação ocorre como ações administrativas na urbe já instalada.
A legislação do município exige do empreendedor de parcelamentos de solo que as calçadas do novo loteamento tenham um mínimo de três metros de largura e apresentação pelo técnico projetista de lista completa do nome popular e científico das árvores que irão compor a arborização e ao lado do nome das árvores, a coordenada geográfica indicando onde serão plantadas.
Em relação aos prédios públicos, desde 2018 a Prefeitura de Bragança Paulista vem implantando os espaços árvores em frente aos imóveis. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, em 2021, atingiu-se 100% dos prédios atendidos, com calçadas ou vias viáveis à implantação, respeitando a acessibilidade.