Vereador de Bragança Paulista é condenado por assédio e importunação sexual

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Foto: Câmara Municipal de Braganca Paulista
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O vereador Mário Benedito da Silva (União Brasil), de Bragança Paulista, foi condenado pela Justiça por assédio e importunação sexual. O crime foi cometido contra uma funcionária da Prefeitura Municipal .

A condenação, proferida pela juíza Simone Rodrigues Valle, condenou Mário Benedito a 1 ano e 4 meses de prisão por importunação e assédio sexual, em regime inicial aberto. A condenação prevê ainda que o réu preste serviços à comunidade e pague o valor de três salários mínimos para uma entidade assistencial de Bragança Paulista.

O caso aconteceu em 2021 contra uma funcionária pública municipal, quando Mário exercia cargo comissionado na administração municipal. A mulher registrou um boletim de ocorrência dez meses depois de deixar o trabalho com o acusado.

Segundo a denúncia, a mulher trabalhava como funcionária do setor de zeladoria da prefeitura, quando passou a ser assediada pelo chefe da equipe, Mário Benedito. Atualmente ele atua como vereador suplente, mas na época tinha um cargo comissionado no executivo.

Ainda segundo a denúncia, a equipe se deslocava em uma van pela cidade para executar os trabalhos de zeladoria, enquanto a vítima frequentemente ia em um carro que ficava com o acusado. Em depoimento, a vítima informou que isso acontecia contra a vontade dela.

Também em depoimento, a vítima relatou que, durante as viagens de carro, Mário Benedito a assediou diversas vezes, passando a mão nas pernas da mulher e a convidando para sair.

Uma testemunha que também prestou depoimento afirmou que, após os episódios, a mulher chegou a apresentar sinais de ansiedade e pediu para trocar de equipe na prefeitura.

De acordo com a juíza, as evidências e depoimentos corroboram a tese de que Mário Benedito utilizou sua posição de liderança no trabalho para abusar sexualmente da vítima.

O que diz o vereador?

A reportagem entrou em contato com Mário Benedito da Silva, que negou as acusações e disse que vai recorrer da decisão judicial. De acordo com ele, a acusação é motivada por uma briga por cargo, e se colocou à disposição das autoridades.