Festival Arte Serrinha começa neste sábado em Bragança Paulista

Com tema “Brasis”, festival celebra a diversidade cultural do país com uma programação de shows, cinema e arte

0
Publicidade

A 20ª edição do Festival Arte Serrinha começa neste sábado (09) e se estende até 30 de julho, em Bragança Paulista. Pela primeira vez, o festival ocupa o Parque Natural Arte Serrinha, inaugurado no final do ano passado.

Com o tema “Brasis”, a edição celebra toda a diversidade da cultura brasileira. “Um país com identidade ainda em construção precisa desses momentos de respiro, de aprendizado e expansão criativa, que podem ser potencializadas em um festival de arte contemporânea livre. Vamos mergulhar nesses ‘Brasis’ e na profundidade da nossa alma para descobrir a verdadeira essência cultural brasileira no mundo de hoje”, diz o diretor artístico Fabio Delduque.

Além de uma rica agenda de oficinas e residências multiculturais, que seguem com inscrições abertas (leia no release anexo), a 20ª edição anuncia sua programação de shows, cinema, arte e mesas de debate, com atrações pagas e gratuitas.

MÚSICA

Rapper Cynthia Luz e o quarteto Bala Desejo se apresentam no Galpão Busca Vida

O 20º Festival Arte Serrinha abre no dia 09 de julho, sábado, com festa no Galpão Busca Vida a partir das 22h, com o DJ Jotaeli e show da rapper Cynthia Luz. Nascida em Itajubá (MG), ela é considerada uma das maiores vozes femininas do rap brasileiro e apresenta seu disco ‘’Não é só isso’’, lançado durante a pandemia, e músicas de seus 10 anos de carreira.

No dia 16, sábado, a programação musical começa às 16h, com o recital “Canções para pescar almas”, uma parceria do artista visual e poeta Bené Fonteles com a compositora e cantora Lucina. Na sequência, às 17h30, o DJ Nuts apresenta seu set de discotecagem nacional “Disco é Cultura – Audição de preciosidades da música brasileira”. As duas atrações são gratuitas e acontecem na Fazenda Serrinha. Já às 22h, a cantora, compositora e percussionista mineira Raquel Coutinho faz show no Galpão Busca Vida, que também terá apresentação do DJ Nuts.

No dia 17, domingo, às 16h, o auditório do novo Parque Natural Arte Serrinha recebe Arnaldo Antunes e Vitor Araújo. O cantor e compositor paulistano se uniu ao pianista pernambucano para lançar o álbum “Lágrimas no Mar”. Em formato voz e piano, o espetáculo também traz canções do disco “O Real Resiste”, de 2020.

No sábado seguinte, 23, o grupo Bala Desejo se apresenta no Galpão Busca Vida, a partir das 22h. Formado por Zé Ibarra, Julia Mestre, Dora Morelenbaum e Lucas Nunes, o quarteto carioca mostra canções do álbum de estreia “Sim Sim Sim” e passeia pelos “Greatest Hits da Galera”, com releituras de faixas gravadas por amigos da banda. O DJ Dolores também se apresenta nesta noite.

O encerramento do festival no sábado, 30 de julho, terá show de Otto no Galpão Busca Vida, às 22h. O cantor, percussionista e compositor nascido no sertão de Pernambuco terá no repertório músicas do seu novo álbum, “Canicule Sauvage”, e os maiores sucessos de seus quase trinta anos de carreira. O DJ Davida encerra a programação musical da edição.

Os ingressos para os shows já estão disponíveis no Sympla, com preços a partir de R$ 33.

CINEMA

“Lavra”, de Lucas Bambozzi, e “Yorimatã”, de Rafael Saar

A programação do 20º Festival Arte Serrinha abre espaço para o cinema, exibindo gratuitamente três produções brasileiras, incluindo uma estreia.

No dia 14 de julho, quinta-feira, 22h30, será apresentado no ateliê da Fazenda Serrinha “Lavra” (2021), do cineasta e artista visual Lucas Bambozzi. O filme que se posiciona entre o documentário e a ficção, tem como protagonista Camila. Quando uma barragem se rompe e mata cerca de 300 pessoas, no maior crime ambiental do Brasil em sua história moderna, ela retorna à sua cidade e encontra o Rio Doce contaminado pelos rejeitos da mineração. Antes da sessão, haverá mesa de conversa com o cineasta e outros convidados (veja em OUTRAS ATRAÇÕES).

No dia 15, quarta-feira, às 20h, o documentário musical “Yorimatã” (2014), de Rafael Saar, será exibido dentro da Oca Xinguana, construída em 2016 por Bené Fonteles e indígenas do Alto Xingu. O filme se passa em meio ao movimento hippie dos anos 1970. Com cerca de 800 composições no currículo, do violão aos tambores artesanais que constroem e tocam, Luhli e Lucina (que se apresenta durante o festival ao lado de Fonteles, veja em MÚSICA) vivem um relacionamento a três com o fotógrafo Luiz Fernando Borges da Fonseca, que registra tudo em Super 8mm.

“Expedição da Serrinha” faz sua estreia no festival. Dirigido por Beto Brant, o documentário é um registro da expedição realizada ao longo de cinco anos por um grupo de dez artistas, pesquisando a cultura e as tradições populares em quatros estados brasileiros. O filme terá duas sessões no ateliê da Fazenda Serrinha. No dia 22, sexta-feira, às 21h, com acompanhamento musical ao vivo, e no dia 27, quarta-feira, às 21h.

OUTRAS ATRAÇÕES

Pascoal da Conceição, Giselle Beiguelman e Ronaldo Fraga estão na programação

A programação da 20ª edição traz muitas outras atrações culturais, incluindo dois debates abertos ao público, que serão realizados no ateliê da Fazenda Serrinha, às 20h. No dia 14 de julho, quinta-feira, Agnaldo Farias, Marta Porto e Lucas Bambozzi se reúnem na mesa “Terceiro Paraíso”, que reflete sobre a cultura nas grandes agendas e pactos internacionais. No dia 28, quinta-feira, Denise Mattar, Pascoal da Conceição e Zé Pi participam da mesa “Modernismo e Antropofagia”.

No dia 23 de julho, sábado, 16h, o estilista Ronaldo Fraga realiza um desfile no Teatro Carlos Gomes, no centro de Bragança Paulista, com entrada franca. O evento será a finalização de sua oficina “Turista Aprendiz, apresentando uma coleção de moda”, que abordará o trabalho de stylist, casting, maquiagem, seleção de trilha sonora, cenografia e coreografia, tudo para apresentar uma coleção ao público.

Na sexta-feira, dia 29, às 20h, a artista Giselle Beiguelman apresenta no ateliê da Fazenda Serrinha a aula-performance Botannica Tirannica. O evento gratuito é realizado em parceria com o Museu Judaico de São Paulo, que exibe atualmente exposição de Beiguelman.

A SERRINHA

Obras de Bijari e Eduardo Srur no Parque Natural Arte Serrinha

A Serrinha é um bairro rural de Bragança Paulista, uma região de mananciais no início da Serra da Mantiqueira e às margens da represa do Rio Jaguari, de onde vem parte da água que se bebe na cidade São Paulo.

Nele se encontra a Fazenda Serrinha, uma reserva ecológica particular, que funciona como centro de vivências e experimentações culturais e ambientais. Inaugurado no final de 2021, o Parque Natural Arte Serrinha possui obras de arte incorporadas à sua paisagem, trilhas para caminhada, mirante panorâmico e o Espaço Energia, um centro cultural e educativo construído com containers. Vizinho à Fazenda Serrinha, o Galpão Busca Vida foi construído em 1998 em uma antiga leiteria e hoje funciona como pizzaria, casa de shows e cachaçaria, onde foi criada a cachaça Busca Vida.

O Parque Natural Arte Serrinha fica aberto aos sábados e domingos das 10h às 17h, com ingressos vendidos pelo Sympla (R$ 30 a inteira). Durante o festival, a Fazenda Serrinha fica aberta todos os dias para visitação gratuita, das 10h às 17h. No restaurante da Fazenda Serrinha almoço é servido todos os dias para visitantes. O Bar do Ateliê funciona a partir das 14h. A propriedade dispõe de hospedagem em as dependências em quartos coletivos ou individuais.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here