A Petrobras propôs aumentar entre duas e quatro vezes o preço do gás natural em 2022, nos novos contratos que a estatal está negociando com as distribuidoras estaduais, segundo reportagem do Valor Econômico.
A Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado) promete acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), contra a petroleira.
Outra consequência do aumento no preço dos combustíveis é a adaptação de carros. Muitos motoristas, principalmente os de aplicativo de transportes, têm optado pelo gás natural veicular, o GNV. A gasolina, por exemplo, subiu 42,72% nos últimos 12 meses.
Ele é mais barato que a gasolina e o álcool e, em alguns estados do país, tem desconto no pagamento do IPVA.
Confira o posicionamento da companhia na íntegra:
A Petrobras reforça seu compromisso em oferecer às distribuidoras de gás natural mecanismos contratuais para reduzir a volatilidade e conferir mais previsibilidade aos preços do produto, mantendo o alinhamento com o mercado internacional. Neste sentido, a companhia está negociando novas modalidades de contratos de gás natural no âmbito das chamadas públicas.
Importante reforçar que, para atender a demanda brasileira por gás natural em 2022, é imprescindível complementar a oferta com importação de GNL. Observa-se que alta demanda por GNL e limitações da oferta internacional resultaram em expressivo aumento do preço internacional do insumo, que chegou a subir cerca de 500% em 2021, com tendência de manutenção da alta no início de 2022.
Buscando atenuar o aumento, a Petrobras ofertou contratos com referência de indexadores ligados ao GNL e ao Brent, assim como a opção de parcelamento nos contratos de longo prazo.
Cabe reforçar que os novos contratos ainda se encontram em fase de negociação no âmbito das chamadas públicas, nas quais a Petrobras concorre com outras empresas.
Importante ressaltar que essa situação não se aplica a todo o mercado de gás natural, mas apenas a uma parcela de cerca de 20% da demanda nacional.