Luiz Caetano de Moura, último pracinha vivo de Bragança Paulista, morreu nesta terça-feira (17), aos 99 anos na Santa Casa de Misericórdia. O ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), esteve em batalhas contra soldados nazistas na Itália durante a 2ª Guerra Mundial.
Na última terça-feira (10/08), a Prefeitura de Bragança Paulista celebrou os 76 anos do retorno dos pracinhas bragantinos à cidade, com homenagem no Monumento ao Expedicionário, localizado na Praça Princesa Isabel (Praça do Rosário). O Sr. Luiz Caetano era o último pracinha vivo.
O sepultamento do Sr. Luiz Caetano aconteceu às 16h30 desta terça-feira (17), no Cemitério da Saudade.
Batalha de Monte Castello, no norte da Itália
Países aliados, sob o comando dos Estados Unidos, expulsaram os alemães da região com a ajuda dos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira.
Na guerra sangrenta pela liberdade, o heroísmo dos soldados brasileiros é muito respeitado na Itália. Em 1944, 25.334 pracinhas da FEB foram combater o nazifascimo. Para quem desembarcou com o violão no lugar da arma, a campanha italiana representou um sonho e um pesadelo.
Sob o comando dos americanos, nossos pracinhas receberam a incumbência de conquistar um ponto estratégico: o Monte Castello, que permitiria chegar ao norte da Itália e à França. E assim, manteriam os alemães ocupados, sem poder deslocar soldados para enfrentar os Aliados em outras frentes.
Humanidade dos pracinhas brasileiros
A humanidade dos pracinhas brasileiros entrou para a história. Respeitavam os prisioneiros, dividiam o mingau com as crianças italianas, e compartilhavam também os remédios.
A batalha de Monte Castello, que começou há 70 anos, acabou no dia 21 de fevereiro de 1945 com a bandeira brasileira em cima da montanha.