Empresário ligado ao MBL é preso em operação contra lavagem de dinheiro em Bragança Paulista

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Dois homens ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) e ao Movimento Renovação Liberal (MRL) foram presos, preventivamente, nesta sexta-feira (10), durante uma operação do Ministério Público de SP, em colaboração com a Polícia Civil e a Receita Federal. Um dos acusados foi preso em Bragança Paulista. Em nota, o MBL afirmou que os suspeitos nunca foram membros do grupo.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, foram cumpridos mandados de busca e apreensões e duas prisões temporárias de 5 dias em relação a pessoas e empresas ligadas ao MBL (Movimento Brasil Livre) e MRL (Movimento Renovação Liberal) pelo Ministério Público de São Paulo (GEDEC).

“As evidências já obtidas indicam que estes envolvidos, entre outros, construíram efetiva blindagem patrimonial composta por um número significativo de pessoas jurídicas, tornando o fluxo de recursos extremamente difícil de ser rastreado, inclusive utilizando-se de criptoativos e interpostas pessoas”, afirma o MP em nota.

As prisões temporárias foram realizadas em relação a Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso (alcunha: Luciano Ayan), os quais, segundo a investigação, mantêm estreitas ligações com os movimentos.

Alessander foi preso em sua residência no bairro Jardim São Lourenço. Segundo as investigações, ele é investigado por grande movimentação financeira e incompatível, além da criação e sociedade em duas empresas de fachada. Ele teria realizado doações suspeitas ao movimento através da plataforma Google.

Ele também viajou mais de 50 vezes para Brasília, entre julho/2016 a agosto/2018 – todas (conf. Consta) para o Ministério da Educação – com objetivos não especificados.
Apesar de tudo, solicitou emprego e foi contratado pelo governo do Estado de SP para trabalhar na CADA – Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso da Imprensa Oficial do Estado – e justamente um cargo que tem função de gerenciar tarefas de eliminação de documentos públicos, de informações relativas ao recolhimento de documentos de guarda permanente, produzidos pela Administração Pública.

Já Carlos Augusto, conhecido como Luciano Ayan foi preso, em São Paulo. Segundo as investigações, ele é acusado de disseminar fake news e teria criado pelo menos 4 empresas de fachada.

Foram apreendidas diversas mídias digitais, entre celulares, computadores, HDs e pen- drives; documentos impressos, dinheiro e foram encontradas e não apreendidas drogas (maconha) interpretadas para uso pessoal.

Ao todo, são cumpridos seis mandados de buscas e apreensão e dois de prisão na cidade de São Paulo e em Bragança Paulista.

A operação chamada de “Juno Moneta” faz referência ao antigo templo romano onde as moedas romanas eram cunhadas.

Cerca de 35 policiais civis do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) e 16 viaturas participam da operação.

O que diz o MBL

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), cofundador e coordenador do Movimento Brasil Livre, confirmou a busca e apreensão na sede do grupo, mas negou que os detidos sejam membros do MBL. “Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso não são integrantes e sequer fazem parte dos quadros do MBL. Ambos nunca foram membros do movimento. Uma notícia veiculada de maneira errônea por um portal criou tal confusão”, disse a nota.

Posteriormente, o movimentou divulgou um segundo posicionamento.

“Em que pese as alegações amplamente difundidas pela imprensa e até mesmo pelo Ministério Público quanto a ligação do senhores Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Morais Afonso, vulgo Luciano Ayan com o MBL, inicialmente cumpre esclarecer que ambos jamais fizeram parte do movimento.

Importa destacar que não existe confusão empresarial entre Movimento Brasil Livre e Movimento Renovação Liberal, haja vista que o MBL não é uma empresa, mais sim uma marca, sob gestão e responsabilidade do Movimento Renovação Liberal – única pessoa jurídica do Movimento – o que é fato público e notório, inclusive posto publicamente em inúmeros litígios onde a entidade figura como autora e até mesmo Requerida.

Chega a ser risível o apontamento de ocultação por doações na plataforma Google Pagamentos, haja vista que todas as doações recebidas na plataforma públicas, oriundas do YouTube e vulgarmente conhecidas como “superchats”, significando quantias irrisórias, feitas por uma vasta gama de indivíduos de forma espontânea. Sob o aspecto lógico, seria impossível realizar qualquer espécie de ocultação e simulação fiscal por uma plataforma pública e com quantias pífias.

Por fim cumpre esclarecer que as atividades empresariais e familiares dos fundadores do MBL são anteriores ao próprio Movimento e não possuem qualquer vinculação, haja vista que não possuem qualquer conexão ou convergência de finalidade. Com o respeito e acato ao órgão ministerial, importa esclarecer que as assertivas apontadas quanto ao MBL são completamente distantes da realidade, tratando-se de um devaneio tolo, totalmente despido de sustentação fática e legal com a única finalidade de macular a honra de um movimento pautado nos pilares da ética, da moral e da liberdade.”

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