Sistema Agroflorestal implantado na Fazenda Escola da FESB já comercializa os primeiros produtos orgânicos

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Com pouco mais de dois meses do plantio, as hortaliças e verduras colhidas dentro do Sistema Agroflorestal (SAF) implantado no início deste ano sob a coordenação do professor Eng.° Agrônomo Francisco dos Santos Ferreira, com os alunos do 9º semestre do curso de Engenharia Agronômica da FESB (Fundação de Ensino Superior de Bragança Paulista), já estão sendo comercializadas numa pequena feira montada no saguão da Faculdade.

O coordenador fez questão de ressaltar que a implantação do projeto teve enorme sucesso graças a coletividade e a união do grupo de alunos e pela continuidade junto aos estagiários. “ O que foi fundamental para elaboração de todo o trabalho, desde o preparo do solo, levantamento dos canteiros, cobertura do solo, plantio das mudas, e agora também, a colheita e comercialização destes produtos 100% orgânicos e totalmente livre de agrotóxicos”, acrescentou.

O Sistema Agroflorestal consiste na combinação do plantio agrícola com árvores (nativas ou não). Segundo o professor, a área escolhida na Fazenda Escola da FESB tem cerca de 1.000m² de vegetação característica do bioma Cerrado, caracterizado principalmente pela espécie conhecida, popularmente, por Barbatimão. Ele contou que, conforme apontaram as análises de solo, o terreno era pouco fértil, sem muita reposição de matéria orgânica, baixa CTC e saturação de bases, com alta acidez, entre outros fatores. “Porém, neste sistema, além de preservar as árvores do local, foi promovida a recuperação da terra, com mínimo de preparo que incluiu somente uma passada de máquina na gramínea existente anteriormente, depois a adição de humus de minhoca, calcário agrícola, fósforo natural e cinza de madeira, fontes naturais de nutrientes”, afirmou ao salientar que para a recuperação da fertilidade do solo foram utilizados recursos simples como a serragem que sai das baias da FESB. “Ela forra o solo entre os canteiros, ajuda a manter a umidade e ainda reduz o crescimento do mato. E as folhas das árvores sobre os canteiros, também utilizadas, além desse benefício anterior, auxilia na manutenção da atividade microbiana do solo, já que também apodrece e vira adubo, mantendo o solo vivo”.

O professor Francisco explicou que todo o sistema foi desenvolvido e implantado com os alunos, no primeiro semestre deste ano, em aulas práticas e teóricas intercaladas. De acordo com ele, o ápice do projeto culminou num grande plantio, realizado num único dia, na última aula prática dos futuros agrônomos da FESB. Em toda a área foram plantadas várias árvores frutíferas como ponkan, laranja, mexerica do rio, murcote, limão Taiti, limão galego, carambola, manga, pêssego, abacate abacaxi, banana e caqui, além de milho, feijão, repolho, abobrinha, berinjela, brócolis, couve, rúcula, escarola, salsinha, cebolinha, espinafre, quiabo e mais árvores nativas.

“E ainda tem espaço para plantio de novas culturas, pois a ideia é aproveitar a energia que a gente gasta num canteiro com a máxima produção possível, em cada canteiro circular desses. É produtividade total”, ressaltou o professor. Atualmente são 5 canteiros circulares e em todos eles tem uma árvore nativa, uma bananeira no centro, mandioca na borda central, milho, feijão e hortaliças diversas. “O feijão age como adubo verde porque insere nitrogênio no solo, fazendo o papel de adubação. Uma planta viva aduba a outra, é a maravilha da vida”, enfatiza o agrônomo.

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