Falta de chuva reflete no preço das frutas no bolso do consumidor

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Foto: Celso Ricardo
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Por: Jéssica Barletta

O consumidor pode sentir no bolso o aumento da laranja por exemplo. Segundo o IBGE, nos últimos 12 meses a tangerina ficou 79,56% mais cara. No caso da laranja-pêra a alta foi de 41,12%, e a laranja lima foi 40,79%. Índices bastante acima da inflação, que no mesmo período marcou 4,50%. Além da laranja, sucos da fruta, e outros alimentos continuam altos e refletindo no bolso do consumidor final. 


A insatisfação com o aumento no preço dos alimentos, está sendo refletida nos supermercados e nas feiras. Os comerciantes tentam segurar os valores à margem dos lucros, mas chega uma hora que eles não conseguem e tem de repassar para o consumidor. A compradora Janice Domingues comentou sobre a percepção dela nos preços: “Precisa ser feita muita pesquisa para comprar, e olhar principalmente os folhetinhos do supermercado… Comprar um ou outro e ir só o que estiver na promoção. Na laranja, eu senti que subiu demais na feira, mas não igual à do mercado.” 

Maneira de poupar mais

A nutricionista Gabriela Andrade comenta as façanhas para poder poupar mais sem prejudicar a dieta: “Uma estratégia interessante é pesquisar quais são os alimentos da safra de cada mês, pois quando estão na safra as frutas, verduras e legumes ficam mais baratos nos mercados. Além disso, algumas Unidades Básicas de Saúde contam com a horta comunitária, onde através do trabalho voluntário são produzidos alimentos saudáveis (alface, couve, temperos naturais, chás, entre outras) e oferecidos à população carente.”


Em seguida, a profissional comenta sobre o impacto financeiro: Mas mesmo substituindo os alimentos, ou deixando de comprar, o impacto no bolso foi imenso, e a gente percebe, subiu 2 reais, subiu 3 reais, mais em termo de porcentagem é muito, porque é 10%, 20% e esse valor nos produtos pode ser pouco mais no final gera uma despesa grande e o salário não acompanha”.

Razões para aumento do valor


Uma das explicações para essa alta do valor, é o período mais seco e quente do ano que temos enfrentado e pouca chuva. A laranja em especial ela depende muito da água para sobreviver, por isso sem a água a oferta da fruta diminui e os preços acabam subindo.
O jornal Globo informou que neste segundo semestre de 2024, os bancos, consultorias, preveem alta no preço dos alimentos entre 4,5% e 7,5%, os alimentos não terão alívio.