Muitas mulheres, ao entrarem na fase dos 35 ou 40 anos, começam a relatar um padrão comum: “eu faço tudo certo, mas meu corpo não responde mais como antes.”
Mesmo com uma alimentação regrada, exercícios e foco, os resultados que antes vinham com facilidade agora parecem travados. A gordura abdominal se instala, o inchaço persiste, a disposição diminui e a balança empaca.
Se você se identificou, saiba: isso não é falta de disciplina, mas sim, a fisiologia feminina.
As mudanças hormonais silenciosas que alteram o metabolismo feminino.
A partir dos 35 anos, o organismo da mulher começa a passar por alterações hormonais graduais que impactam diretamente o metabolismo, a composição corporal e o comportamento alimentar.
Há uma redução natural na produção de estrogênio e progesterona, além de maior sensibilidade ao cortisol (hormônio do estresse) e à insulina (responsável pelo controle da glicose).
Essa combinação pode levar à:
- Maior acúmulo de gordura, especialmente abdominal
- Dificuldade para perder peso, mesmo com dieta e exercício
- Desequilíbrios no sono, humor e saciedade
- Retenção de líquidos e inflamação silenciosa
- Queda da massa muscular e da taxa metabólica basal
Por que dietas comuns não funcionam mais após os 40?
Dietas restritivas, jejum prolongado sem estratégia e reduções drásticas de calorias podem, nesse momento da vida, causar mais prejuízos do que benefícios. Isso porque o corpo feminino já está enfrentando um contexto hormonal vulnerável, e a falta de nutrientes adequados agrava ainda mais esse cenário.
Em vez de emagrecer com saúde, muitas mulheres acabam desenvolvendo sintomas como fadiga crônica, compulsão alimentar, estagnação metabólica e até disfunções hormonais mais sérias.
A nutrição funcional como aliada do equilíbrio hormonal e do emagrecimento saudável
O caminho mais seguro e eficaz para quem busca saúde e emagrecimento após os 40 é trabalhar com estratégias nutricionais que respeitem a biologia feminina e atuem diretamente na modulação hormonal.
Na prática, isso significa:
- Fracionar adequadamente as refeições, garantindo um aporte proteico constante:
(ex: incluir ovos no café da manhã, frango ou peixe no almoço e jantar, e lanches proteicos como iogurte sem açúcar ou pasta de grão de bico nos lanches) - Reduzir alimentos inflamatórios, priorizando os que têm ação funcional:
(ex: evitar açúcar refinado, embutidos, frituras e farinha branca, e incluir alimentos como cúrcuma, gengibre, vegetais verdes-escuros e frutas vermelhas). - Utilizar a alimentação para modular os principais hormônios envolvidos na composição corporal:
(ex: controlar o cortisol com alimentos calmantes como chá de camomila ou maracujá; regular a insulina com fibras e carboidratos de baixo índice glicêmico como aveia e batata-doce; estimular o estrogênio com fito-hormônios como linhaça e grão de bico) - Cuidar da saúde intestinal, fundamental para a síntese e o metabolismo hormonal:
(ex: consumir alimentos fermentados como kefir, kombucha e fibras prebióticas como banana verde, aveia e sementes). - Adaptar o plano alimentar ao ciclo menstrual (em mulheres ainda cíclicas) ou à fase da menopausa:
(ex: reforçar ferro e magnésio na fase pré-menstrual com folhas verdes e sementes; incluir fontes de triptofano como cacau e banana para modular o humor na menopausa)
Com essas estratégias individualizadas e baseadas em evidência científica, é possível não apenas emagrecer, mas recuperar o bem-estar físico e emocional, com leveza, vitalidade e saúde hormonal.
Além disso, alimentos como linhaça, cúrcuma, folhas amargas, grão-de-bico e sementes oleaginosas podem desempenhar papel importante no reequilíbrio hormonal feminino.
Conclusão: não é sobre comer menos, é sobre comer certo para o seu momento biológico
A mulher de 40+ não precisa de mais dietas restritivas, mas sim de uma abordagem nutricional que entenda sua história, sua fisiologia e sua rotina. Com estratégia, informação e cuidado personalizado, é plenamente possível emagrecer, ganhar energia, melhorar o sono e se reconectar com o próprio corpo.
Jocsã Amaro
Nutricionista Clínica Funcional – CRN3: 61825
Especialista em Saúde da Mulher, Regulação Hormonal e Emagrecimento Feminino.
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Por Jocsã Amaro: Nutricionista Clínica Funcional, especialista em Saúde da Mulher