Por Jéssica Lima
O Jornal Mais Bragança esteve em Pinhalzinho, São Paulo, para entrevistar Marcos Portela, presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) e policial militar aposentado. Portela, que agora representa o Conseg de Pinhalzinho, falou sobre a função da Vizinhança Solidária, que também apoia o Conseg na segurança da cidade.
De acordo com Portela, o Conseg é um órgão vinculado à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e atua junto com a Polícia Civil, Polícia Militar e o programa Vizinhança Solidária. “Em 2021, o Conseg voltou a operar no município, em conjunto com a Vizinhança Solidária. O primeiro bairro a contar com esses programas foi o Jardim dos Prados e atualmente eles estão presentes em 30 bairros da cidade. A função do Conseg é tentar estabelecer uma integração entre a sociedade civil, a comunidade e as forças de segurança do Estado”, explicou Portela.
Assim como o Conseg, a Vizinhança Solidária, que é um programa da Polícia Militar, também contribui para a segurança dos bairros com a colaboração dos moradores que divulgam imagens ou relatam atividades suspeitas, como explica o Comandante da Polícia Militar do município, o Sargento Renato. “Caso qualquer morador veja alguma atitude suspeita, pode entrar em contato diretamente com a Polícia Militar através do 190 e a equipe é direcionada ao local da ocorrência imediatamente. Quando há um crime, por exemplo, furto, conseguimos de maneira rápida as informações, imagens e assim a maioria dos casos são solucionados e com isso muitos criminosos foram presos”, afirmou.
Portela detalhou ao Jornal Mais Bragança como funciona o programa, explicando que o Conseg consiste em reunir moradores de uma rua, bairro ou parte do bairro para discutir questões de segurança e buscar soluções conjuntas com as forças de segurança. Os participantes incluem representantes da Polícia Militar, da Polícia Civil, um presidente, uma diretoria e os moradores que fazem parte do conselho.
Quanto à colaboração com as Forças de Segurança de Pinhalzinho, Portela destacou: “O morador não precisa enfrentar o criminoso, apenas tomar precauções e providências para ajudar os policiais. Por exemplo, se avistar uma possível ação de furto de carro em sua rua, deve acionar outros moradores do Conseg pelo WhatsApp e, de forma conjunta, acender uma lâmpada de sua casa e os vizinhos também. Assim o suspeito percebe que perdeu o anonimato e evita realizar o ato de furto. Lembrando também que deve ser acionada a polícia”, relatou Portela.
Assim como o Conseg, a Vizinhança Solidária é comandada pelos policiais, e em cada bairro, os moradores criam um grupo no WhatsApp para repassar informações às autoridades. “As informações da comunidade são de extrema importância. Além disso, o fato de patrulhar massivamente nos bairros onde estão os 30 núcleos ativos do programa faz com que cada policial passe a conhecer os moradores e sua área de atuação”, enfatizou o Sargento Renato.
Portela explicou ainda que essas ações entre o Conseg e a Vizinhança Solidária contam também com a participação da Guarda Municipal de Pinhalzinho, ampliando a segurança nos bairros e no centro da cidade. E o Sargento Renato destacou: “A cidade melhorou muito, principalmente na proximidade da Polícia com a comunidade e na sensação de segurança da população”.