A maioria dos casos de violência doméstica em Bragança Paulista são contras as mulheres e dentro de casa

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Foto: SECOM
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Por Iago Seo

Bragança Paulista teve 828 casos de violência doméstica registrados no período de janeiro até junho deste ano, em 2024. Desse número, 73,85% dos casos ocorrem nas próprias residências ou em áreas residenciais. Além disso, 93,84% dos casos foram contra mulheres.

A via de comparação, isso equivale aproximadamente a dois casos por dia se dissolvidos dentro de um ano (365 dias). Vale ressaltar que os casos são referentes às localidades onde houve o delito, e que as delegacias onde foram registrados as denúncias podem variar de localidade.

Os dados foram fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Em comparação às circunscrições das cidades no entorno, Atibaia teve 618 casos registrados no mesmo período, enquanto Amparo teve zero casos na cidade. 

Ainda assim, houve uma queda no número de casos registrados em relação a 2023. Anteriormente em Bragança Paulista, foram registrados 866 casos. Isso representa uma diferença de 4,39% em relação aos dados atuais.

Perigo dentro de casa e contras as mulheres

Os dados também revelam os locais onde as agressões são mais frequentes. Segundo informações, 73,85% dos casos ocorrem dentro da própria residência. Em seguida, com 20,70% são os casos que aconteceram em vias públicas. Casos de agressão virtual também foram registrados na cidade, sendo de 3,51%.

Segundo os dados fornecidos, as vítimas são majoritariamente mulheres. Dos casos registrados em 2024 por exemplo, quase 94% das vítimas eram do sexo feminino. Na cidade, o Projeto Guardiã Maria da Penha, iniciativa da Guarda Civil Municipal, alcançou a marca de 12.351 atendimentos em seus oito anos de existência. 

Para garantir a proteção dessas mulheres, a primeira etapa envolve o registro de um Boletim de Ocorrência, seguido pela solicitação de medidas protetivas, que são então encaminhadas à equipe do projeto pela Promotoria. A partir daí, as beneficiárias passam a ser monitoradas pela Guarda Civil Municipal, que assegura o cumprimento das determinações judiciais e proporciona um acompanhamento contínuo.

Apoio às vítimas na cidade

Um recurso tecnológico também foi adicionado ao arsenal de proteção das mulheres bragantinas: o aplicativo 153 Cidadão, que integra a função “SOS Mulher”. Este recurso permite que, ao manter pressionado o botão de emergência “Maria da Penha” por 5 segundos, um alerta imediato seja enviado à central de atendimento da Guarda Civil Municipal, que dá prioridade máxima a essas ocorrências.

Segundo os dados divulgados, ocorreram: 7.672 visitas às denunciantes, 3.293 vítimas atendidas, 1.207 inclusões de novas protegidas no sistema, e 179 flagrantes efetuados.