A adolescente de 14 anos que foi atropelada por um motorista embriagado em Atibaia teve morte cerebral. A informação foi confirmada pela família na tarde deste domingo (23). A jovem estava internado em estado grave há uma semana.
De acordo com a família, os órgãos de Isabella de Souza da Silva serão doados para transplante. A coleta vai ser feita por equipes da Unicamp.
“Vamos fazer isso para salvar a vida de alguém. De alguma forma, mesmo em meio a essa tragédia, a Isabella vai ajudar a manter alguém vivo. É uma forma de honrar a memória dela e confortar a família”, disse um parente da jovem em entrevista ao g1.
Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento de Isabella. A cerimônia será realizada em Atibaia, mas ainda não foram definidos o dia e horário, devido ao procedimento de doação de órgãos.
O atropelamento aconteceu no final de semana passado e o motorista chegou a ser preso, mas foi solto após audiência de custódia.
Segundo o boletim de ocorrência, o acidente ocorreu por volta das 3h30 de domingo (16), na Avenida Jerônimo de Camargo, no bairro Caetetuba. Policiais estavam próximo ao local do acidente, quando escutaram um forte barulho e viram Isabella Souza da Silva ser arremessada após atropelamento.
Em seguida, os policiais viram um carro preto em alta velocidade e iniciaram a perseguição até prender o motorista de 39 anos, próximo à reciclagem do Caetetuba.
Na abordagem, os policiais identificaram que o mesmo estava “visivelmente embriagado, com olhos avermelhados, voz pastosa, andar cambaleante, palavras desconexas e forte odor etílico”, segundo o boletim de ocorrência. O carro tinha danos na parte da frente e no para-brisa.
O boletim ainda informou que Clébio concordou em fazer o teste do bafômetro, sendo que o aparelho acusou 0,46 mg/l. Os casos onde o bafômetro acusa valor igual ou superior a 0,34 mg/l são considerados crimes de trânsito.
A adolescente foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao Hospital Universitário São Francisco (HUSF), em Bragança Paulista. Ela ficou uma semana internada na UTI do HUSF em estado grave, com traumatismo craniano, até que houve a confirmação da morte cerebral.