Autismo: preconceito está ligado à falta de informações

Terapias ajudam no convívio social, diz neurologista

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Foto: Michal Parzuchowski
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A neurologista pediátrica e neurogeneticista brasileira Isabella Peixoto Barcelos, médica do Hospital Pediátrico da Filadélfia, mais antiga instituição de pediatria dos Estados Unidos, afirma que o preconceito sobre transtornos do espectro autista (TEA) está associado à falta de informações. No domingo (2), foi lembrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo.

“Muito do preconceito que se tem hoje vem da falta de conhecimento que ainda existe sobre autismo. As pessoas acham que a criança ou o adulto que tem diagnóstico de transtorno de espectro autista tem limitações que, na verdade, eles não têm. E ignoram que eles têm muitas qualidades que não fazem ideia”, afirmou, em entrevista.

Isabela destacou que, às vezes, é possível ter um estudante considerado gravíssimo que, muitas vezes, demonstra ser mais inteligente que os demais da sala de aula.

“Não existem todas essas limitações que se pensa a princípio, que a pessoa é incapacitada, não pode ter uma vida emocional, não pode trabalhar. Pelo contrário. O objetivo é tornar essa pessoa o mais funcional possível, que ela se desenvolva o máximo, dentro da potencialidade que ela carrega”, disse.

Segundo a médica, esse desenvolvimento é possível com terapias adequadas. No entanto, adverte que, para chegar a esse nível de formação, terapeutas brasileiros precisam ter uma formação que inclua graduação, mestrado em terapia comportamental com, pelo menos, 1,5 mil horas práticas.

“A terapia certa muda a vida dessas crianças, levando-as a conviver em sociedade”, ponderou. Isabella Peixoto pretende criar um serviço estruturado de autismo, quando retornar ao país.

Bragança Paulista lançará Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista 

A fim de garantir o acesso a medidas coletivas e integradas de atenção à saúde, a Prefeitura de Bragança Paulista, por meio da Secretaria de Saúde, lançará na próxima segunda-feira (10), no auditório anexo à Secretaria de Educação, às 14h, a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, por meio da Lei nº 13.977 de 8 de janeiro de 2020.

O evento também contará com a palestra “Compreendendo e Acolhendo a pessoa com TEA” ministrada pelas profissionais especialistas em Análise de Comportamento Aplicado (ABA) do Espaço Integrar Multiterapias do Complexo Hospitalar Santa Casa, Caroline Montaner e Carla Garcia, às 10h e 14h, respectivamente. A palestra é voltada para profissionais das Secretarias de Saúde e Educação. Para participar basta preencher o formulário através do link: https://x.gd/OHd5L.

O Transtorno do Espectro Autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, alterações na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades diárias.

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