Games e profissões do futuro crescem na região Bragantina

Grande franquia de games estuda impulsionar o mercado de jogos online na cidade e região

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Com 2,5 bilhões de jogadores em todo mundo, a indústria de jogos está avaliada em US$163,1 bilhões, ultrapassando a indústria do cinema e música juntos. Por sua vez, o Brasil é considerado o maior mercado de games da América Latina, com uma receita estimada de R$12 bilhões em 2021 e um crescimento de 6% previsto para 2022, segundo a consultoria Newzoo.

Cerca de 74,5% dos brasileiros são adeptos aos jogos online, tornando-os assim cada vez mais gamers. Devido a essa alta, foi aprovado pela Câmara dos Deputados um projeto de lei que regulamenta a fabricação, importação, comercialização e desenvolvimento de jogos eletrônicos no país. O chamado PL 2.796/2021 ou o Marco Legal dos Games que ainda será analisado pelo Senado.

Com o constante crescimento na área, as vagas de emprego no setor também aumentaram em 5% entre 2020 e 2021, despertando o interesse de empresários, profissionais, jogadores e curiosos.

Bragança Paulista a área de games está em ascensão, gerando oportunidades e nomes já reconhecidos nesse universo, como é o caso do jovem Breno Acedo de 18 anos que hoje mora em Ohio e já recebeu propostas de bolsas de estudos para competir nos Estados Unidos.

 

O jovem Breno Acedo em seu canal de Youtube.

Breno começou a jogar Esports competitivamente em 2016, mas foi em 2019 que recebeu as primeiras propostas de bolsas de estudos para competir nos Estados Unidos, no ano seguinte mudou-se para a cidade de Tiffin em Ohio para estudar Marketing e competir Counter-Strike, no qual a sua equipe foi campeã da GLEC (Great Lakes Esports Conference).

Esse ano o jovem gamer começou a competir em um novo jogo chamado Valorant e já conquistou o vice campeonato. Nomeado capitão e IGL da equipe, estão na primeira colocação da temporada regular com novas disputas agendadas para esse ano. Devido ao bom desempenho, recebeu mais uma bolsa de estudos para fazer o Bacharel em Marketing.

Para aproximar cada vez mais as pessoas a esse universo, pontos de encontros preparados para receber gamers, profissionais e aspirantes estão cada vez mais comuns pelo Brasil, e em breve também em Bragança Paulista. Como é o caso da rede de studios de entretenimento e educação Studio Games que oferece equipamentos de última geração, realidade virtual, diversão e cursos de inserção ao mundo profissional dos games.

Studio Games unidade Norte Shopping em Blumenau – Foto: O Município Blumenau.

Para o empreendedor serial em tecnologia Rafael Zenorini, além dos proplayers (jogadores profissionais de jogos eletrônicos), existem outras profissões para quem é apaixonado pelo mundo dos games que serão tendência nos próximos anos. Streamer, criador de conteúdo, designer de games, artista visual ou animador de jogos, testador de games e o designer sonoro são alguns exemplos.

Para ser um bom profissional gamer, “é necessário principalmente apetite por aprendizado, pois todo dia surge uma nova tecnologia, um novo jogo e você precisa estudar sempre e muito. A flexibilidade e a adaptabilidade também são importantes, pois trabalhamos em ambientes muito dinâmicos. Além disso, boa comunicação e criatividade que são elementos chave para qualquer profissional do futuro”, acrescentou Zenorini.

Rafael Zenorini, empreendedor digital e fundador da Startup Refinaria de Dados. – Acervo pessoal.

Não há dúvidas que o potencial da indústria de games é imensa, com empregos remunerados, eventos mundialmente conhecidos como Brasil Game Show, Game XP, Campus Party Brasil e CCXP, que oferecem campeonatos, premiações, presença de influencers e youtubers nacionais e internacionais, lançamento de jogos, estandes com brindes, interações e muitas informações e novidades.

Com a chegada dos smartphones em nosso país na década de 90 e a rápida evolução dos jogos, que começou com Snake popularmente conhecido como “jogo da cobrinha” e hoje com aplicativos de streaming que permitem jogos online e compartilhamento de experiência com outros jogadores, o acesso aos games tornou-se mais democrático por ser uma alternativa mais acessível comparado aos consoles do videogame que ainda tem um alto custo. “Foi o grande carro chefe da popularização dos jogos não só no Brasil, mas em todo mundo” enfatizou Rafael.

 

Denise Fermino
Jornalista

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