Quique Brown pede investigação para denúncia de assédio na Prefeitura

Vereador leu carta de servidora da Secretaria Municipal de Serviços com a acusação

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Foto: Câmara Municipal de Bragança Paulista
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O vereador Quique Brown subiu à tribuna da Câmara Municipal de Bragança Paulista para falar da denúncia de assédio sexual e moral feita por servidora efetiva da Secretaria Municipal de Serviços. O assunto foi abordado pelo vereador durante a 31ª Sessão Ordinária do ano, que aconteceu na terça-feira (30).

“Vou ler uma carta de uma funcionária efetiva da Prefeitura, lotada na Secretaria Municipal de Serviços, com a acusação de assédio sexual e moral cometido por um superior, que ocupa um cargo em comissão na pasta. É um relato muito parecido com os exemplos dados pela advogada da Comissão da Mulher Advogada da OAB Bragança Paulista, que falou na Tribuna Livre sobre o Agosto Lilás e o enfrentamento à violência contra a mulher”, iniciou Quique Brown.

Segundo o relato feito pelo vereador na tribuna, após uma série de queixas de assédio sexual feitas contra o acusado na Prefeitura, a autora da denuncia passou a sofrer assédio moral. “Após sair da equipe do acusado, tive que continuar convivendo com o ele, precisei justificar que eu gostaria de estar mais perto da minha equipe, mas ainda assim por diversas vezes ele passava no local em que eu estava trabalhando e pedia que eu fosse com ele verificar outros serviços. Nessas ocasiões ele sempre dizia que não abriria mão da minha participação em sua equipe, e continuou pegando na minha perna e na minha mão. Certo dia ele pegou na minha mão com força e eu disse que o responsável pela pasta era o secretário, e que não daria conta de atuar em duas frentes de trabalho, e permaneceria apenas com o serviço de poda. Nesse dia, após o fim do expediente, conversei com meu superior e afirmei que eu não queria mais contato com o acusado de jeito nenhum, e finalmente ele me tirou da equipe, mas disse que arranjaríamos uma briga feia”, relatou Quique.

O vereador informou que ao deixar a equipe do acusado, a servidora passou a sofrer perseguição e assédio moral na Prefeitura. “Assim que deixei a equipe dele, iniciou-se uma longa jornada de assédio moral, abuso de poder e perseguição política, uma vez que provavelmente revoltado com a minha saída e uma possível denúncia de assédio sexual, o acusado começou a fazer críticas a meu respeito para outros funcionários da garagem, e ainda atuou para que o meu trabalho e o da minha equipe não rendesse”, disse o vereador.

Sobre a denúncia, Quique Brown pede o apoio dos demais vereadores para que o assunto seja investigado pela Câmara Municipal. “A servidora denunciante pede que a gente faça uma investigação na Câmara Municipal, pois as atividades da Casa são abertas ao público, e ela teme pelo que será determinado na sindicância da Prefeitura, que tem como base o boletim de ocorrência registrado pelo acusado. A acusação é grave e temos que cumprir o nosso papel, que é de fiscalizar o Executo”, argumentou Quique.

Na tribuna, o vereador defendeu a independência dos poderes no município. “É importante que essa Casa saiba que a gente precisa checar as informações, e atuar com independência, sem ficarmos colados ao Executivo ou com quem quer que seja. Na 30ª Sessão Ordinária (23/8) falei que a Prefeitura tinha feito um decreto ilegal, sobre as manifestações políticas no desfile de 7 de setembro. No dia seguinte enviei  mensagem ao assessor parlamentar Mauro Garcia, me colocando à disposição para ajudar na elaboração de um novo decreto, mandei mensagem para outros servidores do gabinete, e dispensaram minha ajuda. Não sei se essa mensagem chegou ao prefeito Amauri Sodré, mas também falei com a presidente da Câmara, vereadora Gislene Cristiane Bueno, falei com a presidente do Conselho de Ética, vereadora Fabiana Alessandri, e nada foi feito, até que o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) concedeu uma liminar anulando o decreto”, encerrou Quique Brown.

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