O carro do jogador Renan Victor da Silva, que atropelou e matou um motociclista em Bragança Paulista, recebeu 18 multas por excesso de velocidade de outubro de 2021 a julho de 2022.
O jogador ficou preso apenas um dia após se comprometer a pagar fiança de R$242,4 mil reais, equivalente a 3 salários do jogador. Segundo o Detran, o jogador possuí um Honda Civic registrado no nome do atleta com 24 autuações por infrações de trânsito em menos de um ano.
Do volume de multas, 18 eram por excesso de velocidade. Entre as infrações registradas por dirigir acima da velocidade, nove foram de madrugada, antes das 6h. Sete foram por exceder em 50% o limite da via.
No levantamento, não é possível saber se quem dirigia o carro era Renan ou outro motorista.
As demais infrações foram por avanço de sinal vermelho e descumprimento do rodízio em São Paulo. Além de duas multas do dia do acidente, sendo uma por dirigir sem habilitação e a segunda por se recusar ao teste do bafômetro.
Renan tinha uma permissão para dirigir, documento expedido antes da habilitação oficial. Porém, segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) havia perdido a progressão por cometer infração grave, não permanecendo habilitado.
O que diz o promotor do caso
Em entrevista a UOL Esporte, o promotor que cuidará do processo de Renan, Rogério Filócomo, disse que esse histórico do jogador em infrações de transito, será fundamental para a definição da denúncia que o Ministério Púbico Fará à justiça.
“Vou pedir à autoridade policial para levantar isso oficialmente. Já mostra uma tendência de que ele abusava da direção, que o excesso de velocidade, a direção perigosa, não foram um fato isolado. É claro que vamos pôr na balança na hora de decidir”, declarou o promotor, que completou:
“O Renan praticou o crime como homem e ele vai responder como homem. Ele tem todos os direitos assegurados por lei dentro do processo penal, mas o MP vai procurar todas as responsabilidades dele dentro do processo penal”, conclui.