Sem vacinas próprias para crianças no país, Governo tenta negociar diretamente com a Pfizer

Ontem, a secretaria de Estado informou que solicitou a liberação e disponibilização imediata das doses para crianças ao Ministério da Saúde

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Governador de São Paulo, João Doria, e o secretária de Saúde, Jean Gorinchteyn (Foto: Rodrigo Paiva)
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O Governador João Doria autorizou o Governo do Estado a iniciar negociação com a farmacêutica Pfizer para adquirir a vacina contra COVID-19 destinada a crianças.

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo encaminhou na quinta-feira (16) um ofício à empresa comunicando o interesse do Governo do Estado, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar no mesmo dia o uso em crianças de 5 a 11 anos. A vacina para este público é diferente da administrada atualmente para adultos e adolescentes.

“O governo do estado tem urgência em avançar na imunização deste público, mas as doses de Pfizer disponíveis atualmente no Brasil diferem em aspectos como composição, dosagem, rotulagem, apresentação e especificações técnicas requeridas para aplicação neste público, conforme instruções do próprio fabricante”, diz a nota divulgada pelo Executivo estadual.

De acordo com o governo, em São Paulo os casos de covid-19 em menores de 9 anos representam 3% do total, e entre 10 e 19 anos, 6,6% das infecções. Até ontem (16), 2,1 milhões de jovens com idade entre 12 e 17 anos haviam sido imunizados no estado, o que representa 63% dessa população.

O Ministério da Saúde informou que analisará a decisão da Anvisa sobre o uso de vacinas da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos na Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19.

São Paulo é o estado que iniciou a vacinação no Brasil e o que mais imuniza contra a doença, com 78,3% da população com o esquema vacinal completo e 85,1% com ao menos uma dose do imunizante, de acordo com dados do Vacinômetro (www.saopaulo.sp.gov.br).

Se comparado com países com população semelhante, acima de 40 milhões de habitantes, São Paulo estaria na terceira posição entre as nações que mais vacinam, atrás apenas da Coreia do Sul (81,61%) e da Espanha (80,77%) – de acordo com dados da Universidade de Oxford.

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