O governo federal propôs um salário mínimo de R$ 1.169 para 2022 segundo a proposta de Orçamento do ano que vem apresentada nesta terça-feira (31), pela equipe econômica.
Atualmente, o salário mínimo é de R$ R$ 1.100. O reajuste de 6,2%, se aprovado pelo Congresso, começará a valer em janeiro de 2022, com pagamento a partir de fevereiro.
O valor representa um aumento de R$ 69 em relação ao salário mínimo atual. Também equivale a mais R$ 22 na comparação com os R$ 1.147 propostos inicialmente para 2022. A explicação para esse reajuste é o impacto da inflação de 2021.
Para a inflação deste ano, foi considerada alta de 5,90% para o IPVA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e de 6,2% para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, que dá base ao piso salarial.
Sem aumento real
O valor do salário mínimo proposto pelo governo para o ano que vem tem correção somente pela inflação. Esse formato já foi adotado desde 2020, quando a área econômica concedeu reajuste somente com base na inflação do ano retrasado. Com isso, o governo mudou a política de aumentos reais (acima da inflação) que vinha sendo implementada nos últimos anos.
O aumento do mínimo afeta aposentadorias, abono salarial e benefícios sociais.
Veja os últimos reajustes do salário mínimo
- 2021 – R$ 1.100,00 (5,2%)
- 2020 – R$ 1.045,00 (4,7%)
- 2019 – R$ 998,00 (4,6%)
- 2018 R$ 954,00 (1,8%)
- 2017 – R$ 937,00 (6,48%)
- 2016 – R$ 880,00 (11,6%)
O valor faz parte do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) que detalha a proposta do governo federal enviada pelo Poder Executivo para os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social para 2022.
O documento foi elaborado considerando crescimento de 5,3% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021, e de 2,5% em 2022, 2023 e 2024.
Em relação ao câmbio, estima-se a média anual de R$ 5,20 por dólar em 2021 e de R$ 5,15 por dólar em 2022.
O PLOA 2022 apresenta o Orçamento da União com despesas que somam R$ 4.619,6
bilhões, referentes aos três Poderes. Desse total, R$ 2.008,3 bilhões correspondem ao total de despesas primárias do Governo Central. As despesas financeiras correspondem a R$ 2.611,3 bilhões.