Golpe do bilhete premiado: entenda como se prevenir para não cair na lábia de criminosos

A maior parte das vítimas são idosas e acabam deixando grandes valores e bens materiais na posse dos bandidos, em troca de uma bolada em dinheiro que não existe

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Quem nunca sonhou em ganhar na loteria e quitar todas as dívidas de uma vez por todas, ou em nunca mais se preocupar em pagar contas? Eu já tive, e tenho certeza que você, leitor, também já. O problema é quando, de forma indireta e por meios suspeitos, é nos oferecido uma oportunidade imperdível para resolver a vida. Mas não se engane: é golpe, e você pode ter um prejuízo incalculável se não souber como se livrar do perigo.

Como o Golpe Funciona?

O golpe do bilhete premiado é um dos mais antigos no país, e tem diferentes formas de ser aplicado. No geral, todos seguem uma mesma linha de raciocínio: as vítimas, normalmente idosas, são abordadas na rua por pessoas aparentemente muito humildes e sem instrução. Mas não se engane, os golpistas usam desse disfarce para conquistar a empatia das vítimas. Logo após a abordagem, o bandido conta que tem em mãos um bilhete premiado. O valor é sempre alto e ele logo sugere que a vítima fique com bolada em troca de um valor menor em dinheiro, ou ainda, de um bem material, pois supostamente, precisaria levantar qualquer valor urgentemente.

Em algumas versões do golpe, os bandidos dizem que por motivos religiosos, não podem ficar com todo o dinheiro, ou pedem para que a vítima seja sua testemunha na hora de sacar o prêmio. Nesse caso, sugere para que a pessoa lhe dê um valor para mostrar boa fé. Há ainda, casos em que os estelionatários fingem não poder retirar o prêmio por não terem documentos, oferecendo parte do prêmio para que a vítima saque em seu lugar. Porém, esta deve lhe dar uma garantia de que não irá roubá-lo, e dessa forma, muitos são enganados.

Os golpistas atuam em duplas ou grupos

Raramente os bandidos atuam sozinhos. Enquanto um aborda e comove a vítima para que ela concorde em ajudar, o comparsa finge ser uma pessoa descompromissada que ouviu a conversa por acidente e que também quer contribuir. Isso dá credibilidade a conversa do primeiro estelionatário. É ele quem propõe uma solução para o problema em questão. Em alguns casos, sugere que seja cobrada da vítima uma quantia em dinheiro para provar sua boa intenção; em outros, ele mesmo doa dinheiro para estimular a vítima a fazer o mesmo. A cena é sempre muito convincente e bem pensada, dessa forma, não acredite ser mera coincidência se tudo acontecer próximo a uma agência bancária.

Geralmente nesses casos, o bandido vai apresentar documentos que comprovem que o bilhete realmente, foi premiado, (certamente forjados), mas atenção: não busque confirmar via internet a veracidade do bilhete na presença dos bandidos, pois, uma vez aplicando um golpe, podem agir com agressividade.

Desfecho do golpe

Quase sempre, após a vítima ser enganada, os bandidos fogem. As desculpas são inúmeras: fingem ir ao banheiro, ou acompanham a vítima até sua residência, alegando que precisam de documentos e comprovante de residência para o saque do prêmio. No entanto, no momento em que a pessoa enganada entra na casa, os bandidos desaparecem.

Vítimas desse golpe perdem muito dinheiro, incluindo bens materiais, como relógios, joias, aparelhos celulares entre outros bens. Além das posses, muitos são afetados psicologicamente, por conta da culpa.

Como se prevenir?

A primeira coisa a fazer em caso de receber uma abordagem suspeita, é duvidar. Não existe dinheiro fácil, ainda mais vindo de estranhos no meio da rua. Diga não ter interesse, saia de perto da pessoa e acione a polícia, para que possam checar o que está acontecendo. Não se deixe levar pela aparência dos bandidos, pois alguns fingem ser pobres e outros, ricos, bem vestidos, com automóveis novos e caros.

Se você cair nesse golpe, não deixe de denunciar. Muitas vítimas deixam de procurar a polícia por vergonha de terem se deixado enganar. No entanto, você pode ajudar outras pessoas que ainda poderão ser roubadas, caso os bandidos continuem livres.

Por: Rafaela Soares

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